- abril 29, 2019
- Posted by: Equipe Ustore
- Category: Computação em Nuvem
Nem toda empresa mudou as suas operações de TI para a nuvem, nem devemos esperar que seja o caso. Existem razões legítimas para aderir à abordagem de TI no local e, não menos importante, é o fato que ela garante que a sua infraestrutura de TI e todos os dados estejam sob o seu controle.
No entanto, os benefícios de maior funcionalidade, flexibilidade e eficiência de custos e processos não podem ser ignorados. Mas há graus de comprometimento com a nuvem e há mais de um modelo de nuvem a ser considerado.
A pressão para tomar uma decisão será constante, pois os gestores de TI são continuamente desafiados a encontrar respostas para perguntas muito razoáveis, como:
- Uma abordagem de TI local é a melhor estrutura de gerenciamento de ativos de TI em longo prazo para nossos os acionistas?
- Será que tal abordagem posiciona favoravelmente a empresa para explorar rapidamente ferramentas emergentes, técnicas e tecnologias que podem ser mais eficazes na condução da inovação?
- Como podemos manter o controle de nossos ativos de TI proprietários/ estratégicos e ainda encontrar maneiras de tornar nossos os investimentos em TI mais produtivos ano após ano?
Por que cloud?
Selecionar nuvem por causa da nuvem não é uma estratégia válida. É preciso identificar o seu objetivo final e avaliar o melhor ajuste para a sua organização. Com a adoção cada vez maior da nuvem, os recursos são mais robustos e podem ser comparáveis às soluções analíticas no local.
A nuvem pública
A nuvem pública é um ponto de partida típico para a jornada de muitas empresas. Ela está facilmente disponível até para as empresas menores, de alguns dos fornecedores mais conhecidos. Tomemos o Microsoft Office 365, por exemplo. Os benefícios de custo são claros. Com a implantação tradicional no local do pacote do Microsoft Office, todos os funcionários que usarão o software devem ter uma licença, uma despesa de capital a ser depreciada com o tempo. Mas, se a empresa reduzir a sua conta, ela retém as licenças que já foram pagas. Com a abordagem do Office 365 em nuvem pública, você paga mês a mês apenas pelas licenças necessárias no momento. E para a maioria das empresas isso é registrado como despesa operacional e não como despesa de capital.
Naturalmente, esta abordagem é boa para o fluxo de caixa. Em vez de fazer uma grande compra e depreciá-la ao longo de três anos, o custo é distribuído. A nuvem pública tem uma desvantagem, é claro, mais notavelmente a maioria dos aplicativos disponíveis não é muito personalizável. Se você tiver requisitos apropriados de segurança ou conformidade, por exemplo, ou o desejo de mais controle ou personalização em seu ambiente, talvez você queira se aproximar da nuvem privada.
A nuvem privada
Como uma nuvem privada é dedicada exclusivamente a sua empresa, executada por sua própria equipe ou por terceiros, você tem mais liberdade para personalização e pode moldá-la para atender as suas necessidades. Os upgrades podem se adequar ao seu horário, o que geralmente não é o caso na nuvem pública.
Uma nuvem privada também é um ambiente muito mais protegido. Em muitos casos, não se tem acesso de nível administrativo ao ambiente – só é permitido configurar os aplicativos que estão sendo utilizados.
IaaS via Nuvem
As empresas que não desejam criar e manter um data center podem recorrer a ofertas de infraestrutura como serviço (IaaS). Construir um data center pode ser uma despesa de capital muito grande, especialmente, um ambiente que possa resistir a condições climáticas severas e tenha várias redundâncias de energia elétrica e capacidade computacional. Depois de construído, o data center precisa estar fisicamente seguro e, é claro, requer monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana.
Além de tudo isso, precisa-se descobrir quantos servidores físicos e virtuais são necessários. Também é preciso algum tipo de armazenamento, provavelmente, uma rede de área de armazenamento, para manter os dados e documentos importantes.
As ofertas de IaaS eliminam a necessidade de antecipar as suas necessidades e a expansão (ou contração) é facilmente realizada, sem custos incorridos até que a capacidade adicional seja necessária. Esta modalidade também permite vários graus de controle. Uma organização pode querer que o seu provedor de IaaS substitua sua sala de servidores, mas deixe que a própria equipe da organização administre o site de substituição.
Outros podem ceder tarefas de administração ao provedor, permitindo que eles reduzam o número de funcionários ou reimplemente os funcionários de TI em áreas onde eles são mais necessários.
Nuvem híbrida
Algumas empresas podem se beneficiar usando várias abordagens de nuvem. Você pode ter um aplicativo de negócios altamente proprietário que é melhor mantido no local, mas também usa o Office 365 na nuvem pública e mantém o seu sistema de contabilidade na nuvem privada.
Os times de gerenciamento de TI ou consultoria de tecnologia podem ajudar a avaliar a tecnologia utilizada, criando um caso de negócios para cada um de seus aplicativos em nuvem e no local, além de determinar onde os sistemas devem residir de maneira ideal. Essas decisões são calculadas, principalmente, na segurança e nos controles, bem como na extensão das habilidades do time de TI da empresa.
Se o time de TI da empresa for pequeno, talvez não seja possível gerenciar um data center ou o sistema de contabilidade em um ambiente de nuvem privada. No entanto, um consultor de TI pode orientar a implementação desses recursos.
Embora os ambientes híbridos possam ser complexos, os seus usuários não precisam ficar sobrecarregados com isso, já que toda a complexidade está nos bastidores. Com o login único, um ambiente híbrido pode ser visto como um único servidor mantido e dedicado às suas necessidades em seu site.
Capex versus Opex
As empresas devem identificar se adquirir hardware novo ou adicional e pagar por suporte e licenciamento em longo prazo é mais benéfico do que pagar uma taxa de assinatura e transformar o consumo de BI em uma despesa operacional.
Os projetos de Capex custarão mais inicialmente, mas a sua manutenção pode ser menor, enquanto os gastos operacionais na nuvem podem custar menos para serem implementados, mas serem mais caros, dependendo do escopo e da expansão do projeto.
Onde os dados residem atualmente?
Para as empresas que já aproveitam os dados na nuvem, uma solução de BI em nuvem pode ser uma transição natural. Por exemplo, qualquer empresa que aproveite soluções operacionais baseadas em nuvem escolhe expandir o seu uso para incluir análises. Outras empresas podem ter que integrar dados de soluções locais, o que exige outros esforços diferentes de integração de dados.
Quais são os riscos, privacidade e considerações de segurança e como eles afetarão os procedimentos ou parâmetros existentes?
Os regulamentos específicos de risco e segurança da indústria aumentam a pressão sobre as empresas para cumprir os requisitos e exigem uma consideração adicional ao analisar o BI baseado na nuvem. Muitos provedores de nuvem desenvolvem as suas plataformas com a capacidade de suportar os parâmetros de privacidade e segurança necessários. As empresas que seguem este caminho evitam ter que gerenciar esses requisitos internamente.
Quais são os procedimentos/programas de gerenciamento de dados que estão em vigor?
Muitas empresas ignoram os conceitos que envolvem a governança de dados quando pensam em uma implementação de BI na nuvem. À medida que as soluções se tornam mais complexas e os sistemas de dados distintos exigem consolidação, a qualidade dos dados e a governança exigem ajuda para garantir a confiabilidade e a validade das informações ao longo do tempo. O cloud BI pode exigir fontes de dados locais e na nuvem e, portanto, requer uma maneira mais robusta de gerenciar os requisitos de integração de dados e a integridade dos dados ao longo do tempo.
Como os dados serão integrados?
Essa é uma extensão da conversa em torno da governança de dados, mas é parte integrante de qualquer solução. Os dados precisam ser originados e armazenados em algum lugar. Identificar esses requisitos e qualquer complexidade que possam existir devem ser definidos antecipadamente. Em muitos casos, existem conectores, mas as soluções também podem ser desenvolvidas com os esforços da nuvem para a nuvem em mente.
Nuvem pública versus nuvem privada
Os usuários finais, provavelmente, não notarão nenhuma diferença. Os departamentos de TI podem ter uma preferência de como implantar a nuvem – aproveitando um terceiro ou habilitando o acesso à nuvem, mas com a plataforma e/ou soluções gerenciadas internamente. Isso ficará fora do escopo dos requisitos de negócios e se enquadrará nos parâmetros de detalhes técnicos e preferências necessárias.
Ambas as opções fornecem segurança, no entanto, muitas organizações com dados confidenciais (ou seja, serviços financeiros) tendem a preferir opções de nuvem privada.
Quais são os tipos de serviços necessários?
Identificar os requisitos de análise significa identificar os recursos necessários para o sucesso. Dentro de um ambiente de nuvem, isso inclui avaliar o nível de serviços gerenciados e fazer você mesmo. É mais provável que as opções de nuvem tenham opções de serviço e facilitem o lançamento de iniciativas departamentais e voltadas para os negócios.
Fonte: Infra News Telecom
Autor: Lenildo Morais, mestre em ciência da computação pelo Centro de Informática da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco, pesquisador Assert – Advanced System and Software Engineering (Research Technologies Lab) e gerente de projetos da Ustore, empresa do Porto Digital de Pernambuco.