Arquitetura de Nuvem: Modelos de Serviço

Conforme já discutimos anteriormente (veja mais aqui¹), Computação em Nuvem não é uma tecnologia nova, mas é um assunto relativamente novo nos mais diferentes mercados, indústrias, reuniões de planejamento estratégico, é assunto quase constante em tomadas de decisão sobre novas aquisições, planos de redução de custos e de metas de investimento. Para esclarecer um pouco mais, hoje vamos falar sobre os modelos de Serviço de Computação em Nuvem.

Para explicar os modelos de serviço, vamos seguir por um outro caminho. Vamos tomar por exemplo o caso de alguém que acaba de se mudar para uma nova cidade e que, por este motivo, busca um novo lugar para viver, quais seriam as suas escolhas?

Pensando rapidamente, podemos citar três alternativas possíveis: comprar um terreno e construir uma casa nova; encontrar uma casa ou um apartamento à venda ou para alugar; viver em um hotel.

Comprar um terreno e construir uma casa nova é uma escolha que dará total controle sobre como esta casa vai ser, onde os cômodos irão ficar, como serão, qual o tamanho de cada um deles, a sua disposição, o jardim, acessórios de lazer, etc. A casa vai ter a cara do dono, entretanto, o custo, o tempo e o esforço para adquirir toda a infraestrutura, coordenar a construção, os profissionais trabalhando, lidar com os imprevistos (e os previstos também) vai dar bastante trabalho e, possivelmente, muita dor de cabeça. Além disso, em via de regra, não entendemos muito de construção (a não ser quem for engenheiro civil ou arquiteto) e possivelmente essa atividade está um pouco afastada das minhas habilidades e interesses profissionais.

Posso escolher buscar uma casa, ou apartamento, disponível para compra ou aluguel. Neste caso vai ser mais ágil promover a mudança e eu ainda posso customizar algumas partes desta moradia, entretanto ainda assim não poderei personalizar demais pois senão corro riscos de abalar a arquitetura da casa, suas fundações e com isso ter mais dor de cabeça no futuro. Terei que me contentar com a arquitetura original.

Agora, se a preocupação for apenas viver bem a vida na nova moradia, pode-se escolher por viver em um hotel. Rápido, prático, sem preocupações de gestão da moradia, organizar a casa, limpar, etc. É pagar e utilizar.

Traduzindo para Computação em Nuvem, é a mesma pergunta que deve ser feita em relação a uma empresa ter e manter um Departamento de Tecnologia da Informação (TI).

Semelhante a construir uma casa nova na analogia anterior, seria alugar algumas infraestruturas virtualizadas e “construir” o seu próprio (eco)sistema de TI nestes recursos, que podem ser totalmente controladas. Tecnicamente falando, use uma Infraestrutura como Serviço (IaaS).

Semelhante a comprar uma casa vazia na analogia anterior, seria desenvolver diretamente o seu sistema de TI por meio de uma plataforma de nuvem, e não se preocupar com qualquer gestão de recursos de nível inferior. Tecnicamente falando, use uma Plataforma como Serviço (PaaS).

Similar a viver em um hotel na analogia anterior, seria usar algumas soluções existentes de sistemas de TI, que são fornecidas por algum provedor de serviço de aplicativo em nuvem, sem saber qualquer detalhe técnico sobre como estes serviços são providos. Tecnicamente falando, use um Software como Serviço (SaaS).

 

No modelo de computação tradicional, o software é fornecido de maneira empacotada onde as empresas, por meio do seu Departamento de TI, tem que gerenciar toda a infraestrutura necessária para o software estar em execução. Rede, sistemas de armazenamento, continuidade do negócio (backup, replicação, sistemas de recuperação de desastres, etc.), servidores, virtualização, sistemas operacionais, sistemas de execução, dentre outros e, claro, as aplicações em si.

No modelo de Infraestrutura como Serviço, a infraestrutura física e operacional de software fica sob responsabilidade do provedor do serviço, ou seja, rede, armazenamento, servidores e virtualização são preocupações que não entram no cenário da empresa que está consumindo IaaS.

Já no modelo de Plataforma como Serviço, a empresa apenas se preocupa em gerir as suas aplicações e os dados destas aplicações. Toda a pilha de software, hardware e rede necessária para o funcionamento das aplicações ficam sob responsabilidade do provedor de PaaS.

E, finalmente, no modelo de Software como Serviço, a empresa não precisa se ocupar com nenhuma preocupação em relação às suas aplicações. Ela apenas paga pela disponibilidade do serviço e todas as demais responsabilidades ficam a cargo do provedor SaaS, praticamente eliminando a necessidade de uma empresa ter um departamento inteiro para gerir seu ecossistema de TI.

Neste cenário de diferentes modelos, a Ustore se apresenta como provedora de soluções que atuam nos três formatos. Do ponto de vista de IaaS, a Ustore fornece uma solução de armazenamento (uStorage e uDrive) também conhecida por Software Defined Storage (SDS)², ou em português, Armazenamento Definido por Software.

Do ponto de vista de PaaS, para auxiliar na gestão de ecossistemas de TI (uCloud, uOrchestrator e uVDI), a Ustore tem uma solução para Software Defined Data Center (SDDC), ou em português, Centro de Dados Definidos por Software.

E, como SaaS, a Ustore tem uma solução para comunicação segura (uConnect) abrangendo serviço de e-mail, calendário, lista de tarefas, gestão de contatos, integração com o sistema de armazenamento em nuvem, comunicação móvel, chat por texto e áudio, troca de arquivos e virtualização de números de telefone.

[1] “Por que a arquitetura em Nuvem da Ustore é única no Mercado?”, Publicado em 06-Nov-2015, URL: https://ustore.com.br/computacao-em-nuvem/por-que-a-arquitetura-em-nuvem-da-ustore-e-unica-no-mercado/

[2] Software Defined Storage in the Context of the Software Defined Data Center, SNIA, URL: http://www.snia.org/sds, último acesso em 18-Jan-2016.